Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)
O último boletim da Emater Regional revela que a colheita está praticamente finalizada na região, faltando apenas poucas lavouras para serem colhidas. No caso da soja, cultura com maior área no Centro do Estado, com 1,056 milhão de hectares, a quebra de produtividade ficou em 50% em relação à previsão inicial da safra, que seria de 51,8 sacas por hectare. No fim da colheita, a média na região ficou em 25,9 sacas, devido à forte estiagem. Na região, a estimativa é que deixaram de ser colhido o equivalente a R$ 3,4 bilhões, pois a saca baixou R$ 0,80 e está na média de R$ 118.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
A maior parte dos produtores não conseguiu nem pagar os custos de produção e acumula dívidas para custeio e também de financiamentos de máquinas agrícolas. Por isso, seguem em protestos pelo Estado pela aprovação do projeto de securitização da dívida, que daria prazo de 20 anos de pagamento – ele já passou no Senado e foi para a Câmara.
No caso do arroz, em que também faltam poucas lavouras a serem colhidas, a quebra da safra por conta da seca ficou na faixa de 10% nos 118,8 mil hectares plantados. Em média, os agricultores colheram 156 sacas por hectare, considerada uma boa produtividade. Porém, a grande preocupação dos arrozeiros é com os preços baixos, já que a saca de 50 quilos estava valendo, em média, R$ 73,36, segundo a Emater Regional.
No milho, a área plantada ficou 11% menor que a prevista inicialmente. Foram 41.135 hectares semeados na região, com uma quebra de produtividade que está na faixa de 40% neste momento, em que 85% das lavouras foram colhidas. O rendimento médio foi de 96,2 sacas por hectare, muito abaixo do ideal. Os preços, também em baixa, preocupam. A saca de 60 quilos valia R$ 64,26, em média.
Leia também: